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Comissão aprova regras para produção e comercialização de implante cirúrgico

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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que define regras para a produção, a importação e a comercialização de implantes cirúrgicos no país. O texto aprovado proíbe expressamente o uso de materiais tóxicos, que causem alergia ou que não possuam biocompatibilidade comprovada.

A proposta também exige que os materiais usados nos implantes sejam previamente autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação a normas técnicas e boas práticas de fabricação.

Foi aprovado o substitutivo da Comissão de Saúde para o Projeto de Lei 3483/15, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) e do ex-deputado Eduardo Barbosa (MG). O projeto foi inspirado em outro, de 2005 (PL 6313/05), quando houve denúncias de pacientes prejudicados por implantes de baixa qualidade, fabricados sem o adequado controle ou com materiais inferiores e inadequados.

A proposta segue para o Senado, caso não haja recurso para a análise pelo Plenário da Câmara.

Falhas em implantes
A proposta aprovada também obriga profissionais e serviços de saúde, públicos ou privados, a comunicar as autoridades sanitárias sobre casos de falhas detectadas em implantes cirúrgicos.

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Caberá ao Poder Executivo definir, com o apoio da Anvisa, as especificações técnicas necessárias para garantir segurança, qualidade, biocompatibilidade e biofuncionalidade dos implantes.

Por fim, o projeto prevê que o descumprimento da lei será tratado como infração sanitária, além de eventuais punições previstas nas legislações penal e civil, quando aplicáveis.

Segundo a relatora, deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), a proposta trará um “controle mais severo e contínuo” sobre os implantes cirúrgicos pelas autoridades sanitárias, coibindo problemas relacionados a esses materiais e conferindo maior eficácia às normas infralegais que disciplinam a matéria.

Arraes afirmou que a proposta está de acordo com a Constituição, com as leis e foi escrita de forma clara e correta.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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Ex-presidente do INSS afirma que tomou todas as medidas para controlar fraudes

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O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto afirmou ter tomado todas as providências para interromper os descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas.

Ele prestou depoimento nesta segunda-feira (13) à comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga fraudes no órgão.

Stefanutto presidiu o INSS entre julho de 2023 e abril de 2025. Ele deixou o cargo por decisão judicial relacionada às investigações de fraude.

Empréstimos após as denúncias
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que Stefanutto autorizou descontos na folha de pagamento de mais 1,2 milhão de beneficiários do INSS mesmo depois de tomar conhecimento das irregularidades.

Segundo o deputado, essa decisão contrariou pareceres técnicos e uma instrução normativa editada pelo próprio presidente do INSS. Isso teria causado um prejuízo de R$ 62 milhões a aposentados e pensionistas.

“O senhor já tinha sido avisado pela CGU [Controladoria-Geral da União], em 2024, do caos que estava e dos desvios”, disse Gaspar.

O relator lembrou que, no mês passado, uma diretora da CGU disse à CPMI que uma auditoria identificou alta de reclamações e comunicou irregularidades à Polícia Federal.

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Gaspar quis saber por que, ainda assim, Stefanutto autorizou novos descontos. “Como o senhor assumiu esse risco?”

Investigação antes da CGU
Alessandro Stefanutto se defendeu e disse que, mesmo antes de receber as recomendações da CGU, já havia pedido investigações sobre as denúncias de irregularidades e tomado providências. “A recomendação da CGU foi de 23 de julho. No dia 9 de maio de 2024, eu mesmo, coisa que nunca aconteceu, determinei a auditoria.”

“A CGU, primeiro o optou em ir à Polícia Federal, depois optou em falar comigo”, criticou.

A sessão da CPMI chegou a ser interrompida duas vezes por desentendimentos entre Stefanutto e Gaspar.

Biometria
Stefanutto disse ainda que, durante sua gestão, uma norma passou a exigir biometria e assinatura digital para autorizar descontos em aposentadorias e pensões.

Antes disso, segundo ele, bastava a associação ou o sindicato apresentar o nome, o CPF e o número do benefício para que os descontos fossem autorizados.

Demora nos bloqueios
Alfredo Gaspar ainda quis saber por que o INSS demorou tanto para bloquear os descontos irregulares.

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De acordo com o parlamentar, a CGU concluiu que o INSS não precisaria ter esperado até fevereiro de 2025 para interromper as fraudes. Isso porque o novo sistema, que exige biometria e assinatura eletrônica, já estava em funcionamento desde setembro de 2024.

Defeitos do sistema
Stefanutto disse que, no início, o sistema apresentou falhas e só se tornou operacional em fevereiro de 2025.

Ele afirmou ainda que, ao assumir o cargo, encontrou um sistema com mais de 3 mil senhas sem controle. Algumas dessas senhas, de acordo com o ex-presidente, teriam vazado.

Habeas corpus
Alessandro Stefanutto compareceu à CPMI do INSS com um habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que lhe assegurava o direito de não responder perguntas que pudessem incriminá-lo.

No entanto, depois de solucionado o impasse inicial com o relator, ele respondeu a praticamente todas as indagações.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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