ECONOMIA
Campos Neto: queda dos juros ‘não tem relação mecânica’ com arcabouço
ECONOMIA
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a defender a Selic a 13,75% ao ano nesta terça-feira (25), em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal . Campos Neto afirmou que não sabe quando os juros podem cair, e que o arcabouço fiscal “não tem relação mecânica” com essa queda, embora influencie nas projeções da inflação.
“O arcabouço remove um risco de cauda de ter uma piora grande na trajetória da dívida. E vamos lembrar que não tem relação mecânica [entre a aprovação do arcabouço e a queda da Selic], o que a gente precisa é que esse canal de projeções, junto com o canal de credibilidade, atue de forma a propiciar a possibilidade do Banco Central eventualmente cair os juros. A gente está acompanhando isso [a tramitação do arcabouço fiscal], e entendo que foi um movimento na direção certa”, declarou Campos Neto, convidado a prestar esclarecimentos diante dos senadores por conta das críticas em relação aos juros altos.
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Questionado pelos senadores sobre se a aprovação do arcabouço fiscal e a queda na inflação seriam suficientes para fazer os juros caírem, Campos Neto disse que “a parte fiscal faz com que a expectativa da inflação caia” e que a “estabilidade institucional também ajuda” na queda dos juros. Ele disse, porém, não “ter capacidade de dizer” quando a Selic pode ser reduzida. “É um processo técnico que tem o seu tempo, e as coisas têm caminhado no caminho certo”, afirmou.
Durante sua fala, Campos Neto voltou a dizer que o BC atua apenas de forma técnica para conter a inflação, que ele considera “o imposto mais perverso que existe”, já que “prejudica os pobres”.
“Um tema que eu escuto muito é que o Banco Central ficou mais crítico na comunicação oficial em relação ao governo atual. E aqui a gente quer mostrar que o Banco Central atua de forma muito técnica”, declarou.
Campos Neto defendeu que o trabalho do BC deve ser muito cauteloso para que uma queda dos juros “sem credibilidade” não tenha efeitos reversos, causando ainda mais aumento na inflação.
“A gente está com um juro que é compatível para esse tipo de problema, entendendo que está funcionando, já está caindo a inflação, então a gente entende que ter atuado antes funcionou. E a gente precisa esperar os próximos números, os próximos acontecimentos, para ver qual é o curso de ação, sempre muito técnico, do Banco Central”, disse Campos Neto.
O presidente do BC ainda disse que a instituição “quer derrubar os juros, gosta de trabalhar com juros baixos e gosta de ter uma economia crescendo de forma sustentável, com inflação baixa”.
Fonte: Economia
ECONOMIA
Procon-SP monitora preços do arroz para evitar especulação
A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) Começou a monitorar o preço do arroz para identificar eventual especulação no valor do produto no estado de São Paulo. A oferta do alimento nos mercados, assim como a variação dos preços, será analisada semanalmente pela entidade.
Na primeira medição, realizada no dia 15 deste mês na capital paulista, o preço do saco de arroz com um quilo variou de R$ 7,51 a R$ 8,38. Já o quilo do arroz integral variou de R$ 7,92 a R$ 8,44.
Sobre a possibilidade de racionamento do produto, o Procon-SP ressalta que o Código de Defesa do Consumidor estabelece que é prática abusiva condicionar o fornecimento de produto a limites quantitativos sem justa causa.
“No entanto, face a gravidade da tragédia amplamente conhecida no Rio Grande do Sul, o Procon-SP entende que é justificável que fornecedores disponibilizem os produtos com alguma restrição quantitativa, com o objetivo de atender ao maior número possível de consumidores e, assim, ajudar no combate à especulação”, diz nota da entidade.
Maior produtor de arroz do Brasil, o estado do Rio Grande do Sul vem sendo atingido por chuvas fortes desde o fim de abril.
Situações abusivas
Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho, os consumidores devem denunciar situações que considerem abusivas. “A informação é a ferramenta mais adequada para os consumidores identificarem práticas contraindicadas, como a formação de estoques sem necessidade, que causam aumento de preço e falta do produto”, disse Orartti.
O Procon-SP destaca que, apesar de o preço dos produtos não ser tabelado, situações que consideradas abusivas devem ser denunciadas. As denúncias podem ser feitas pelo site da instituição.
Sobre a possibilidade de racionamento do produto, o Procon-SP ressalta que o Código de Defesa do Consumidor estabelece que é prática abusiva condicionar o fornecimento de produto a limites quantitativos sem justa causa.
“No entanto, face a gravidade da tragédia amplamente conhecida no Rio Grande do Sul, o Procon-SP entende que é justificável que fornecedores disponibilizem os produtos com alguma restrição quantitativa, com o objetivo de atender ao maior número possível de consumidores e, assim, ajudar no combate à especulação”, diz nota da entidade.
Fonte: EBC Economia
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