Turismo
Costa Rica de aventura: você dormiria aos pés de um vulcão ativo?
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Enquanto sobrevoo o território da Costa Rica , antes de pousar, a vista de montanhas verdes de todos os tamanhos confirma a alcunha de “ouro verde” atribuída ao país. Fronteira com Nicarágua e Panamá, o país é pequeno: tem três milhões de pessoas e ocupa apenas 0,03% do território mundial, mas detém mais de 5% de toda a biodiversidade do planeta. Segundo o The International Land Conservation Network , cerca de 53% do território é coberto por florestas. Desembarquei lá para um roteiro de ecoturismo diferente de tudo que já tinha vivido. Entre as atividades mais inusitadas, dormir aos pés do majestoso Vulcão Arenal, um dos cinco vulcões ativos da região. Você teria coragem?
Em um voo de São Paulo, com uma breve escala no Panamá, cheguei à vibrante capital San José. Apesar do tempo limitado de 15 horas livres no primeiro dia, aproveitei para conhecer um pouco a cidade. Deu tempo de me perder no parque La Sabana, que é o maior parque urbano do país, considerado “o pulmão de San José”. Ali estão o Museu de Arte da Costa Rica, o Museu de Ciências Naturais e o Museu dos Esportes. E ainda conheci a área mais chique da região, a Avenida Escazu, conhecida como a “5ª Avenida” costa-riquenha.
Por ser uma ex-colônia espanhola, o espanhol é a língua predominante, mas a fluência em inglês é notável entre a população. O país se destaca por seu turismo muito bem estruturado, culinária com diferentes sabores, estabilidade financeira, mão de obra qualificada e um compromisso notável com a educação. Lá, o governo investe mais de 6% do orçamento na área, superando a média global de 4%. Em poucas horas, já pude sentir o espírito caloroso e gentil da capital da Costa Rica.
O imponente Vulcão Arenal
Depois de uma noite bem dormida, encarei a viagem de 140 quilômetros, por estradinhas sinuosas, até La Fortuna, distrito de San Carlos, na província de Alajuela, mais ao norte do país. Ao longo do trajeto, a paisagem se transforma, revelando um detalhe imponente: o vulcão Arenal, que se ergue majestosamente até 1633 metros de altura.

Esse gigante intimidador, cujas atividades recentes ainda estão bem vivas na memória dos residentes, deixou sua última marca no dia 24 de maio de 2010, quando uma erupção desencadeou o espetáculo de oito avalanches de lava fervente, emanando do núcleo da terra às 18 horas. Apesar de ter sido controlada pelas autoridades e não ter causado danos às pessoas, as imagens e vídeos preservados pela comunidade mantêm viva a lembrança desse evento.
Uma situação contrastante com o que ocorreu na última grande erupção, em 29 de julho de 1968. Potente e desastroso, o evento vulcânico ceifou 89 vidas, deixando mais de 30 mil pessoas afetadas, junto com um rastro de cinzas e perdas milionárias. Mas não precisa ter medo. Atualmente, o Arenal é monitorado pelo Observatório Vulcanológico e Sismológico da Costa Rica, que garante a segurança da população que vive na região.

Dormindo com o gigante
Experimentar uma noite sob o olhar imponente do vulcão Arenal foi uma experiência inigualável. Para os povos originários de lá, o vulcão é o Deus Fogo, uma percepção que acrescenta um toque espiritual à atmosfera. Me hospedei no hotel Arenal Manoa, com a minha cama estrategicamente posicionada em frente ao vulcão. Entretanto, preferi dormir em silêncio, respeitando o sono desse gigante adormecido.

A sensação de acordar e me deparar com a imponência desse gigante fez com que eu voltasse no tempo e me sentisse uma criança novamente, quando sonhava em ver uma explosão de lava toda vez que jogava Sonic no Mega Drive. Apesar do sonho de ver lava escorrendo pela montanha, prefiro deixar essa situação só no campo do imaginário.
A experiência toda no hotel é bem diferente. No café da manhã, a companhia provável de algumas iguanas tomando sol em frente ao Arenal adiciona um toque especial. Além disso, as piscinas são de águas termais, também aquecidas pelo vulcão. No entanto, a região de La Fortuna tem muitas outras atrações voltadas para o ecoturismo.
Pedal Board no Lago Arenal
Imagine uma prancha com pedal e guidão? Essa modalidade de stand up se chama pedal board. Para guiar, você pedala com os pés e usa o freio para virar para direita ou esquerda. Ele tem um sistema de cabos que fazem o movimento. Funciona bem em lugares com águas calmas, como o lago Arenal, um lago de águas verdes que fica nos pés do vulcão Arenal.

A experiência sai por US$ 60, com um barco acompanhando todo o trajeto e frutinhas deliciosas no final. O Pedalboard oferece uma perspectiva única do Lago Arenal, proporcionando não apenas exercício físico, mas também uma conexão mais profunda com a natureza.
Águas termais do vulcão
Um deleite que transcende o comum é a experiência de mergulhar nas piscinas de água termal. A sacada aqui é que o calor dessas águas não vêm de uma fonte comum. É o vulcão Arenal que faz o trabalho pesado, aquecendo alguns rios na região em águas que variam de 32°C a 41°C. A mistura dessas águas termais com partes mais frias, como poças e cascatas, proporciona uma massagem relaxante de corpo inteiro. Eu vivi essa experiência no EcoTermales, de La Fortuna, que oferece várias piscinas aquecidas com um paisagismo lindo em torno. Tem estrutura com armários, chuveiros, bar e restaurante. A entrada sai por US$ 45. Se incluir o almoço ou jantar, o pacote sai por US$73.

Tirolesas gigantes na floresta
Sempre amei tirolesas e encarei muito tranquilamente as aventuras, mas, desta vez, tive uma sensação diferente ao me jogar no primeiro dos sete cabos que compõem a tirolesa gigante do Sky Adventures Arenal Park. Deu para sentir euforia e medo ao mesmo tempo. O passeio começa por um teleférico que te leva até o topo da montanha.

A estrutura construída em meio a natureza impressiona. Logo após a clássica foto na “mão de Deus” — uma escultura de uma mão gigante com vista para o lago Arenal —, a aventura começa.

O cabo mais longo tem 750 metros de comprimento, 200 metros de altura e a velocidade chega a 70 km/h. Se você faz a linha menos radical, dá para fazer o passeio de teleférico, ou caminhar por uma ponte suspensa no meio da floresta. O passeio completo com tirolesas, bondinho e ponte suspensa custa US$ 109. Só o bondinho custa US$ 49.
El Choyin
Em La Fortuna, a sorte também sorri para os amantes das águas termais que gostam de economizar. Existe um rio quente e gratuito para os visitantes, o El Choyin. Não é exatamente um segredo bem guardado. É uma das atrações mais populares da região, então costuma ficar cheio nos finais de semanas. A entrada é gratuita, mas o estacionamento custa US$ 5.
As belezas de Monte Verde
Do outro lado do Lago Arenal, a cidade de Monte Verde impressiona com a beleza de suas montanhas. Ao longo da viagem, que contou com uma travessia de barco pelo lago Arenal, pude contemplar a natureza espetacular enquanto subíamos as montanhas em direção a uma das florestas nebulosas mais famosas do mundo. Monte Verde abraça o 2,5% da biodiversidade global, sendo que 10% de sua flora é endêmica, ou seja, restrita àquela região. Este ecossistema abriga metade da biodiversidade da Costa Rica, e é o lar de um terço da população mundial de orquídeas, contribuindo significativamente para estudos científicos.

Catarata El Tigre
Os nativos chamam este bosque místico de “Los Bajos del Tigre” devido aos encontros frequentes que os caçadores tinham com o majestoso jaguar, o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, chamado de “tigre”. Daí nasceu o nome “Catarata El Tigre”. O percurso de 8 km pela floresta é feito por trilhas bem demarcadas, passando por quatro imponentes quedas d’água e nove pontes, incluindo pontes suspensas e pontes feitas de árvores naturais.

Bicicleta nas alturas
Já o final da trilha fica um pouco mais emocionante. Uma tirolesa de bicicleta a 70 metros de altura desafia a coragem. São três cabos de 100 a 150 metros de comprimento, passando por cima da copa as árvores. Se você prefere menos emoção, a trilha finaliza com um carro 4×4 te levando confortavelmente para a sede do El Tigre Waterfalls. O local tem um restaurante com pratos deliciosos e vista para as montanhas imponentes da região. O pacote com trilha, tirolesas e almoço sai por US$ 66.
Onde se hospedar
Arenal Manoa & Hot Springs – La Fortuna
Situado num local sereno e isolado, com vista para o vulcão Arenal. O hotel oferece spa completo com piscinas de águas termais, massagem e muito contato com a natureza. O restaurante também serve todas as refeições. O café da manhã é bem completo com inúmeras opções de sabores locais e cozinha internacional. As diárias, na conversão em real, começam a partir de R$ 1.044.

El Establo Mountain Hotel – Monte Verde
Localizado perto do centrinho de Monte Verde, o El Establo Mountain Hotel oferece uma bela estrutura com área verde, piscina, campo de ténis, dois restaurantes, centro de fitness, mini campo de futebol para crianças e um pequeno parque com tirolesa. O complexo do hotel é grande, e tem transporte interno para os hóspedes. As diárias saem a partir de R$ 890.

Como chegar:
A Copa Airlines opera voos de São Paulo para San Jose, na Costa Rica, com uma escala de 50 minutos no Panamá. Ida e volta sai a partir de R$ 2.250.
O colunista viajou a convite do Turismo Oficial da Costa RicaFonte: Turismo

Turismo
Conhecendo o Grand Canyon: como acampar no maior desfiladeiro do mundo


O Grand Canyon, localizado no Arizona, nos Estados Unidos , é o maior e mais popular desfiladeiro do planeta. A atração turística se tornou um sonho de muitos viajantes e aventureiros, graças a sua magnitude e aparições em produções do cinema, que a tornaram popular em todo mundo.
Formado por erosões rochosas com milhões de anos, o cânion tem cerca de 16 km de largura e 1,6 km de profundidade. O Parque Nacional do Grand Canyon foi fundado há mais de 100 anos, abrangendo uma área de 447 km do famoso Rio Colorado. Ele está localizado na terra natal ancestral de 11 tribos associadas, de acordo com informações oficiais do governo.
Para quem deseja conhecer o grandioso parque é possível visitá-lo de forma rápida ou, até mesmo, passar alguns dias por lá, — seja em hospedagens tradicionais ou, para os mais aventureiros, acampando ao ar livre.
O parque conta com uma estrutura completa, com tudo o que é necessário para realizar um acampamento de forma segura. Ao longo do ano, devido às variações de temperatura, algumas áreas podem estar fechadas para turistas, por isso é fundamental consultar no site oficial do parque para verificar todas as condições necessárias para a visita.
O que é importante saber para planejar o acampamento no Parque Nacional do Grand Canyon?

Ao iG Turismo , os biólogos Rodrigo e Amanda Moreti, casal de conhecido nas redes sociais como Pombos Viajantes , destacam que o primeiro ponto a se pensar para acampar no Grand Canyon é a região na qual se pretende ficar, já que o parque conta com duas entradas: a Borda Norte (North Rim) e a Borda Sul (South Rim).
“A Borda Norte é mais selvagem, sem muita estrutura aos visitantes, estradas péssimas e aberta à visitação entre maio e outubro, ou se as condições climáticas permitirem. Ela fica no estado de Utah”, explica Rodrigo. “Já a Borda Sul tem uma infraestrutura melhor, e está localizada no estado do Arizona. Nós recomendamos conhecer a Borda Sul que foi a que escolhemos para essa aventura.”
Para o casal, os melhores períodos para visitar o local são as estações intermediárias, primavera e outono, devido ao clima mais ameno.
“O inverno por lá é rigoroso, podendo nevar por vários dias, o que faz com que fechem o parque. Já no verão as temperaturas são extremamente altas, impossibilitando fazer trilhas mais longas.”, diz Amanda. “Nós fomos no final do outono e o frio à noite já castigava, apesar de os dias serem ensolarados e com temperaturas agradáveis. A primeira noite foi a mais gelada, pegamos 4ºC, e já estávamos no final do outono.”
Amanda e Rodrigo alertam ainda que para chegar ao parque é indispensável alugar um carro. “A cidade mais próxima da entrada é Tusayan, no Arizona. É uma cidade pequena e com pouca infraestrutura de transporte intermunicipal.”
Itens básicos para o acampamento
Para o acampamento, o casal sugere uma barraca convencional de boa qualidade, e adverte que é indispensável levar um bom colchonete e um bom saco de dormir com isolamento térmico para não passar sufoco devido ao frio da noite.
Outros itens básicos que eles apontam são:
- Talheres;
- Copos;
- Lanternas;
- Luminária de barraca;
- Travesseiro inflável;
- Água;
- Fósforo;
- Fogareiro para fazer comida.
Apesar de no local haver uma boa estrutura, com mercados e até caixa eletrônico, o ideal é que o visitante leve todos os alimentos de fora e utilize o comércio interno do parque apenas para eventuais emergências, já que não há tanta diversidade de produtos.
“Priorize levar comidas que não precisem de refrigeração, como enlatados, salgadinhos, bolachas, embutidos e comida industrializada que seja fácil de preparar”, avisa o casal.
O camping conta com áreas separadas e individuais

Para acampar, o ideal é que se faça reservas com antecedência, porém, também é possível alugar o espaço em uma espécie de “caixa eletrônico” próximo à entrada. Para adentrar o parque é necessário pagar uma taxa de entrada para veículos — e no local só é aceito pagamento em cartão.
“Dentro da área de acampamento os locais de cada barraca são individuais, com espaço para a barraca de até seis pessoas, fogueira privativa com grelha, vaga exclusiva para o carro e bancos e mesa de piquenique. O distanciamento entre as barracas é perfeito para a privacidade de todos”, conta Amanda.
“À frente de cada área individual há uma identificação com o nome da pessoa que reservou e o período. Para ficar no camping é necessário fazer uma reserva com antecedência no site Recreation.gov . Esse site é um canal de reservas para todos os parques nacionais dos EUA”, diz Rodrigo
No site, é possível encontrar o mapa da área de acampamento, com os locais em que se pode colocar as barracas com número de identificação, e o visitante também consegue escolher exatamente onde quer ficar.
“Mesmo reservando e pagando a diária do camping é necessário pagar uma taxa de entrada no parque separadamente”, avisa o casal. “É possível acampar com motorhome ou com barraca. São áreas separadas: barracas ficam em um local e os motorhomes em outro. Tudo muito organizado.”
Onde se hospedar dentro do Parque Nacional do Grand Canyon?

Uma alternativa para conhecer outros pontos turísticos do estado do Arizona, além do Grand Canyon, é se hospedar em uma das cidades próximas — o que demanda um maior investimento.
Foi o que fez Rafaella Ferraz, gestora de produtos na agência Trip Experiences by Mariana Mapa: “Chegamos [ao parque] pouco antes das 16h, e como era junho o sol só iria se pôr por volta das 21hs. Tivemos tempo de passar no Centro de Visitantes, pegar o mapa do parque, um lanche e já começar a busca pelo melhor lugar para ver o pôr do sol refletindo suas cores alaranjadas e vermelhas nos muros do cânion.”
Ela continua: “Fizemos reserva para três noites no Bright Angel Lodge. O lodge oferece cabanas para dois adultos com cama queen ou cabanas maiores com sala e lareira para acomodar quatro pessoas. Nós pegamos um ‘Cabin 1 Queen’ com vista parcial do Grand Canyon só porque tinha uma jardineira em frente a nossa janela, mas quando saíamos pela porta o Grand Canyon estava ali aos nossos pés.”
Rafaela ainda afirma que todos os parque nacionais nos Estados Unidos oferecem variedade de acomodações, mas é preciso reservar com bastante antecedência. “No nosso caso foram três meses”, conta a gestora de produtos.
Reserve tempo para explorar as trilhas do Grand Canyon
“O parque é enorme, e o tempo para conhecer as atrações depende do que você está disposto a conhecer”, diz Amanda, dos Pombos Viajantes. “Para conhecer a parte da sede do parque, que apresenta uma ótima infraestrutura de ruas asfaltadas, comércio, hotéis, museu e algumas das trilhas, cinco dias é o ideal. Nós fizemos em três dias, que seria o mínimo, mas foi bem corrido.
Ela continua: “Se a ideia for explorar locais mais remotos, bem afastados da sede, o céu é o limite. Você pode conhecer o parque a pé, de bicicleta, — pode alugar no local —, de ônibus gratuito ou até mesmo com veículo próprio.”
No Grand Canyon há diversas trilhas para se fazer — e algumas demoram dias para completar. “As principais são a South Kaibab Trail, a Rim Trail, a Hermit Trail e a Bright Angel Trail”, apontam o casal.
“Várias outras trilhas partem delas ou cruzam com elas. A trilha mais desafiadora é a South Kaibab Trail, que desce até o Rio Colorado, percorrendo quase 11 km de descida pela encosta do cânion. Nesse caso será necessário acampar na trilha, junto ao rio, pois o tempo médio de descida é de um dia e não é recomendado subir à noite”, alertam
É necessário estar preparado com barraca, comida e água para aguentar as baixas temperaturas do vale. O casal viajante destaca que também é possível alugar mulas para descer e subir a trilha. “Recomendamos muito fazer essa trilha, mesmo que não a faça por completo, que foi o nosso caso, pois é a trilha mais imersiva do parque.“
“Outra que fizemos foi a Rim Trail. Essa é bem tranquila porque dá para fazê-la de ônibus, a pé ou de bicicleta, por trilha pavimentada em alguns trechos. Nós optamos por subir de ônibus até o ponto final no Hermits Rest e descer a pé, beirando o cânion. É uma trilha mais contemplativa, tem mirantes com placas explicativas e indicação de formações geológicas mais distantes, como o Monument Creek Vista, Mohave Point, Pima Point entre outros”, comentam os Pombos Viajantes.
Aventuras pelo Rio Colorado

“No segundo dia [no parque] pegamos o carro cedo para ir até Page/AZ e fazer rafting no Rio Colorado. A parte aventureira de nossa viagem”, detalha a gestora de produtos Rafaella. “Descemos pela encosta do Glen Canyon Dam [represa do lago Powell], passando por dentro da estrutura e maquinário, [o que foi] surreal. Lá embaixo o pontinho amarelo indicava a saída do nosso bote.”
Ela continua: “Já com nossas roupas de banho embaixo de camiseta UV e nossos salva-vidas, descemos em direção sul e vimos debaixo para cima a grandiosidade dos muros rochosos dos dois lados de nosso bote, com suas nuances de cores marcadas pelo tempo, águas e ventos que vem moldando o cânion há milhares de anos.”
A gestora continua contanto que ela e seu grupo fizeram uma parada estratégica para ver petróglifos — representações gravadas pelo homem em pedras e rochas —, nadar e se refrescar no rio. “A água estava super fria, mas era uma delícia aquele choque com calor do sol escaldante”, pontua a viajante.
Ela acrescenta: “De volta ao bote pegamos uma corredeira nível leve, demos a volta na famosa curva em formato de ferradura Horseshoe Bend, mais corredeiras níveis médio até chegar ao ponto de desembarque em Lees Ferry. Após uma experiência para ficar para sempre na cabeça e coração, voltamos para o lodge no Grand Canyon e jantamos no Maswik Food Court com opção de buffet, à la carte e pizza.”
No terceiro dia Rafaela e os amigos se dedicaram totalmente ao Grand Canyon. “Existem trilhas passando pelas encostas, trilhas para descer até o fundo do vale de mula, podendo acampar por lá. Estes passeios você consegue contratar antecipadamente direto com o Centro de Visitantes e seus fornecedores. Não fizemos esses passeios, optamos por trilhas nas encostas com estrutura de deck para nos aproximar ainda mais dos desfiladeiros e com opções de lanches entre uma parte e outra.”

Rafaella conta ainda que fez a trilha completa do South Rim. “Caminhamos por toda a borda Sul do Grand Canyon, passando por todos os pontos de observação, e o museu de geologia. Visitamos o depósito que foi Grand Canyon Railway, Kolb Studio, Hopi House e Lookout Studio — construções que datam do início do século passado.”
“Nesse mesmo dia pela manhã, optamos por visitar uma comunidade de Americanos Nativos onde pudemos aprender um pouco sobre sua história e locais de vivência, sua arte única e peculiar, muito diferente dos nossos povos originários. Ver anciãos e crianças, suas vestimentas e brincadeiras, objetos de uso doméstico e instrumentos musicais [foi] uma experiência enriquecedora.”
A infraestrutura do Parque Nacional do Grand Canyon

“A infraestrutura do parque é impecável, tudo muito organizado e limpo. Em cada área de acampamento tem banheiros próximos, pias do lado de fora para lavar louças e lixeiras anti-urso”, diz Rodrigo, do Pombos Viajantes. “Esses banheiros são apenas para as necessidades fisiológicas. Para banhos há um outro lugar.”
“O que ficava mais próximo da nossa barraca era também uma lavanderia, com máquinas de lavar e secar que funcionam com moedas. Para tomar banho bastava ir colocando moedas de 25 centavos de dólar (equivalente a R$ 1,23 na cotação atual) no moedeiro que fica dentro do box”, explica o casal influenciador.
Para quem quiser se alimentar, sem precisar preparar nada, dentro do mercado do parque há uma lanchonete. Também existe a opção de restaurantes que ficam próximos aos hotéis, na Village. “Há também alguns telefones públicos. A internet não funciona muito bem, só nas áreas próximas aos hotéis. O parque conta com quatro linhas de ônibus gratuitos que levam para as principais atrações como trilhas, museu, centro de visitantes, hotéis e restaurantes”, destaca o casal.
Pôr-do-sol: uma experiência única

“Uma experiência incrível para quem vai acampar no Grand Canyon é assistir ao pôr-do-sol na borda do cânion”, sugerem os pombinhos. “A cor que fica no céu, como os últimos raios de sol incidem nas rochas e as sombras, transformam a paisagem em um momento mágico. É surreal.”
O casal complementa: “Acampar no Grand Canyon foi uma experiência única. O lugar tem uma beleza indescritível muito diferente do que estamos acostumados aqui no Brasil. A vida animal é ativa, os animais selvagens não se escondem e andam livremente pelo parque. Acordávamos com corvos gritando logo acima da nossa barraca, encontrávamos cervos andando pelas trilhas e no próprio acampamento. A vegetação é bem diferente e a paisagem exuberante.”
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Fonte: Turismo
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