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Afroturismo resgata o passado negro e cria turismo representativo

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Todas as empresas que adotam o afroturismo buscam atender todos os tipos de público
Reprodução/Elevate and Explore Black Nova Scotia

Todas as empresas que adotam o afroturismo buscam atender todos os tipos de público

Mais de 130 anos depois da abolição da escravatura, assinada em 13 de maio de 1888, o afroturismo , modalidade que valoriza o patrimônio material e imaterial da população negra brasileira, vem ganhando espaço dentro e fora do país.

“O afroturismo é uma vertente do turismo tradicional. É um movimento que soma ancestralidade às viagens, a fim de contar histórias que normalmente não são contadas”, inicia Cris dos Santos, criadora de conteúdo da Brafrika, agência de viagens como foco na história negra.

Para ela, há ainda um turismo apresentado de forma muito colonizado. “O afroturismo vem para fortalecer empreendimentos negros e trazer um protagonismo negro histórico que foi apagado pelo racismo estrutural”, afirma.

A Brafrika Viagens nasceu em 2019 a partir de uma conversa de Beatriz Moremi, CEO, diretora criativa e fundadora da empresa com um amigo em uma festa em São Paulo. “Ela havia acabado de retornar de uma viagem à Europa, e conversavam sobre as experiências de viagens e sobre serem corpos pretos viajantes em um destino turístico representado de uma forma tão embranquecida”, explica Cris.

“Nossa fundadora é também bacharel em Química e cocriamos produtos de teste de DNA feitos especialmente para a população negra e criamos a primeira série sobre afroturismo na TV no Brasil”, diz Cris sobre a Brafrika.

Assim como a Brafrika, o Guia Negro, fundado pelo Guilherme Soares Dias, surgiu com o mesmo objetivo. “Com o afroturismo pessoas negras se sentem espelhadas e pessoas brancas aprendem novas histórias e uma nova possibilidade de turismo. É um turismo que tem a diversidade como seu lema e traz novas experiências e possibilidades para o mundo do turismo”, defende Guilherme.

O Guia Negro nasceu em 2018 com o foco no resgate da população negra no centro da cidade de São Paulo . Ele percebeu que havia vários tours pelo centro da capital paulista, mas nenhum visando resgatar as histórias negras. Hoje, o Guia Negro foi para os outros centros dos estados brasileiros, e realizam caminhadas contando a importância da população negra nos pontos turísticos.

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Além dos tours, eles realizam também consultorias e produzem conteúdos nas redes para mais pessoas conhecerem o afroturismo e/ou saber mais informações dos destinos com foco na narrativa negra.

Passeios

Pelourinho
Reprodução

Pelourinho

“Oferecemos caminhadas negras e as nossas experiências mais populares são aquelas localizadas no centro da cidade, então, no centro de São Paulo , no centro do Rio , no centro de Porto Alegre etc. Mas a gente também faz caminhadas pelas periferias contando histórias dos bairros que tem uma grande presença negra”, explica Guilherme.

Já a Brafrika proporciona experiências turísticas tanto dentro quanto fora do país. “Nosso roteiro principal no Brasil hoje é a Expedição a Palmares em Maceió , Alagoas, onde nossos viajantes podem conhecer não só as belezas do Caribe Brasileiro, mas também pisar nas terras do Quilombo dos Palmares com importante histórico de luta e resistência”, compartilha Cris.

A Brafrika também visa conciliar as viagens afrocentradas com festivais de música e festividades religiosas.

“A gente gosta de apresentar lugares, de apresentar personagens importantes e de apresentar a própria cultura negra. A gente fala de passado, mas a gente fala de hoje, os lugares que são importantes para os movimentos culturais, para os movimentos negros, a gente faz esse mix”, conta Guilherme.

No Guia Negro, as buscas pelas caminhadas são maiores entre os períodos de férias e em novembro, afirma Guilherme. “Em novembro, quando as pautas raciais estão muito efervescentes, e em janeiro e fevereiro, que as pessoas estão viajando muito para o nordeste, como Salvador , Recife e São Luís , pois são lugares onde esses turistas que estão chegando em busca de sol e mar, também querem conhecer as histórias pretas que não foram contadas.”

Na Brafrika, as férias escolares, entre junho e julho, e os meses de janeiro e fevereiro, devido ao carnaval, também são os mais procurados.

Só o público negro pode ir?

Afroturismo mostra passado escravista brasileiro
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Afroturismo mostra passado escravista brasileiro

A resposta é não. Todas as empresas que adotam o afroturismo buscam atender todos os tipos de público. Porém, sempre com o objetivo de protagonizar a atuação do passado negro nos destinos escolhidos. E com isso, pessoas negras se identificam mais com a história do local, mas todas as pessoas podem ir se quiserem saber mais sobre a história negra e a cultura do lugar por outra ótica, diferente do habitual.

“Na Brafrika acreditamos que independentemente da cor, raça, idade, credo, gênero e orientação sexual, todes temos a ganhar quando conhecemos melhor a história dos povos negros brasileiros, africanos e diaspóricos que constituem nossa sociedade”, defende Cris.

“Hoje a gente tem um público que é 55% negro, parecido com a população brasileira, mas a gente gostaria de ver todas as pessoas conhecendo mais essa história. Então os brancos são sempre muito bem-vindos”, completa o fundador do Guia Negro.

Além do Guia Negro e da Brafrika, há outras empresas nacionais, como a Diarspora.Black, a Black Travelers, Destino Afro etc. No cenário internacional, há também a Travel Noire e a Black and Abroad.

Invisibilidade dentro do mercado de turismo

Os dois ressaltam a invisibilidade do afroturismo dentro do mercado turístico. Guilherme, porém, destaca o crescimento recente do setor nos últimos cinco anos e a crença no potencial de expansão, e Cris aponta as barreiras enfrentadas, enfatizando a falta de representatividade e o caráter elitizado do mercado turístico, em geral. Contudo, ambos reconhecem a urgência de educar o mercado sobre a importância de um turismo mais inclusivo e representativo, enfatizando o poder econômico das pessoas negras e a necessidade de acolhimento e visibilidade para esse público.

Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Quilombo dos Palmares
Parque Memorial Quilombo dos Palmares- AL
Cais do Valongo e da Imperatriz
Cafuá das Mercês
Praça dos orixás
Museu Casa dos contos
Museu Casa dos Contos, Ouro Preto
Pelourinho, Salvador, Bahia
Pelourinho é uma das principais atrações de Salvador e reúne história e cultura
Pelourinho

A perspectiva é que o afroturismo não apenas cresça, mas também se torne um movimento fundamental no panorama turístico global, demandando uma mudança significativa na abordagem das empresas de turismo para abraçar e fomentar essa modalidade de viagem.

“A maioria das empresas não traz sequer uma propaganda de marketing com pessoas diversas que representam o verdadeiro Brasil. Estamos fazendo um trabalho árduo de educar esse mercado para que entendam a urgência de trazer um turismo para todos e com mais representatividade. Pessoas negras movimentam mais de R$704 bilhões por ano e onde estão essas pessoas no turismo?”, conclui Cris.

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Fonte: Turismo

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Conhecendo o Grand Canyon: como acampar no maior desfiladeiro do mundo

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O Parque Nacional do Grand Canyon oferece diversos serviços para seus visitantes aventureiros
Sam Jotham Sutharson/Pexels

O Parque Nacional do Grand Canyon oferece diversos serviços para seus visitantes aventureiros

O Grand Canyon, localizado no Arizona, nos Estados Unidos , é o maior e mais popular desfiladeiro do planeta. A atração turística se tornou um sonho de muitos viajantes e aventureiros, graças a sua magnitude e aparições em produções do cinema, que a tornaram popular em todo mundo.

Formado por erosões rochosas com milhões de anos, o cânion tem cerca de 16 km de largura e 1,6 km de profundidade. O Parque Nacional do Grand Canyon foi fundado há mais de 100 anos, abrangendo uma área de 447 km do famoso Rio Colorado. Ele está localizado na terra natal ancestral de 11 tribos associadas, de acordo com informações oficiais do governo.

Para quem deseja conhecer o grandioso parque é possível visitá-lo de forma rápida ou, até mesmo, passar alguns dias por lá, — seja em hospedagens tradicionais ou, para os mais aventureiros, acampando ao ar livre.

O parque conta com uma estrutura completa, com tudo o que é necessário para realizar um acampamento de forma segura. Ao longo do ano, devido às variações de temperatura, algumas áreas podem estar fechadas para turistas, por isso é fundamental consultar no site oficial do parque para verificar todas as condições necessárias para a visita.

O que é importante saber para planejar o acampamento no Parque Nacional do Grand Canyon?

Amanda e Rodrigo no Grand Canyon
Reprodução/Pombos Viajantes

Amanda e Rodrigo no Grand Canyon

Ao iG Turismo , os biólogos Rodrigo e Amanda Moreti, casal de conhecido nas redes sociais como Pombos Viajantes , destacam que o primeiro ponto a se pensar para acampar no Grand Canyon é a região na qual se pretende ficar, já que o parque conta com duas entradas: a Borda Norte (North Rim) e a Borda Sul (South Rim).

“A Borda Norte é mais selvagem, sem muita estrutura aos visitantes, estradas péssimas e aberta à visitação entre maio e outubro, ou se as condições climáticas permitirem. Ela fica no estado de Utah”, explica Rodrigo. “Já a Borda Sul tem uma infraestrutura melhor, e está localizada no estado do Arizona. Nós recomendamos conhecer a Borda Sul que foi a que escolhemos para essa aventura.”

Para o casal, os melhores períodos para visitar o local são as estações intermediárias, primavera e outono, devido ao clima mais ameno.

“O inverno por lá é rigoroso, podendo nevar por vários dias, o que faz com que fechem o parque. Já no verão as temperaturas são extremamente altas, impossibilitando fazer trilhas mais longas.”, diz Amanda. “Nós fomos no final do outono e o frio à noite já castigava, apesar de os dias serem ensolarados e com temperaturas agradáveis. A primeira noite foi a mais gelada, pegamos 4ºC, e já estávamos no final do outono.”

Amanda e Rodrigo alertam ainda que para chegar ao parque é indispensável alugar um carro. “A cidade mais próxima da entrada é Tusayan, no Arizona. É uma cidade pequena e com pouca infraestrutura de transporte intermunicipal.”

Itens básicos para o acampamento

Para o acampamento, o casal sugere uma barraca convencional de boa qualidade, e adverte que é indispensável levar um bom colchonete e um bom saco de dormir com isolamento térmico para não passar sufoco devido ao frio da noite.

Outros itens básicos que eles apontam são:

  • Talheres;
  • Copos;
  • Lanternas;
  • Luminária de barraca;
  • Travesseiro inflável;
  • Água;
  • Fósforo;
  • Fogareiro para fazer comida.


Apesar de no local haver uma boa estrutura, com mercados e até caixa eletrônico, o ideal é que o visitante leve todos os alimentos de fora e utilize o comércio interno do parque apenas para eventuais emergências, já que não há tanta diversidade de produtos.

“Priorize levar comidas que não precisem de refrigeração, como enlatados, salgadinhos, bolachas, embutidos e comida industrializada que seja fácil de preparar”, avisa o casal.

O camping conta com áreas separadas e individuais

O camping tem espaços separados, proporcionando maior privacidade
Reprodução/Pombos Viajantes

O camping tem espaços separados, proporcionando maior privacidade

Para acampar, o ideal é que se faça reservas com antecedência, porém, também é possível alugar o espaço em uma espécie de “caixa eletrônico” próximo à entrada. Para adentrar o parque é necessário pagar uma taxa de entrada para veículos — e no local só é aceito pagamento em cartão.

“Dentro da área de acampamento os locais de cada barraca são individuais, com espaço para a barraca de até seis pessoas, fogueira privativa com grelha, vaga exclusiva para o carro e bancos e mesa de piquenique. O distanciamento entre as barracas é perfeito para a privacidade de todos”, conta Amanda.

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“À frente de cada área individual há uma identificação com o nome da pessoa que reservou e o período. Para ficar no camping é necessário fazer uma reserva com antecedência no site Recreation.gov . Esse site é um canal de reservas para todos os parques nacionais dos EUA”, diz Rodrigo

No site, é possível encontrar o mapa da área de acampamento, com os locais em que se pode colocar as barracas com número de identificação, e o visitante também consegue escolher exatamente onde quer ficar.

“Mesmo reservando e pagando a diária do camping é necessário pagar uma taxa de entrada no parque separadamente”, avisa o casal. “É possível acampar com motorhome ou com barraca. São áreas separadas: barracas ficam em um local e os motorhomes em outro. Tudo muito organizado.”

Onde se hospedar dentro do Parque Nacional do Grand Canyon?

Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz/Arquivo Pessoal

Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon

Uma alternativa para conhecer outros pontos turísticos do estado do Arizona, além do Grand Canyon, é se hospedar em uma das cidades próximas — o que demanda um maior investimento.

Foi o que fez Rafaella Ferraz, gestora de produtos na agência Trip Experiences by Mariana Mapa: “Chegamos [ao parque] pouco antes das 16h, e como era junho o sol só iria se pôr por volta das 21hs. Tivemos tempo de passar no Centro de Visitantes, pegar o mapa do parque, um lanche e já começar a busca pelo melhor lugar para ver o pôr do sol refletindo suas cores alaranjadas e vermelhas nos muros do cânion.”

Ela continua: “Fizemos reserva para três noites no Bright Angel Lodge. O lodge oferece cabanas para dois adultos com cama queen ou cabanas maiores com sala e lareira para acomodar quatro pessoas. Nós pegamos um ‘Cabin 1 Queen’ com vista parcial do Grand Canyon só porque tinha uma jardineira em frente a nossa janela, mas quando saíamos pela porta o Grand Canyon estava ali aos nossos pés.”

Rafaela ainda afirma que todos os parque nacionais nos Estados Unidos oferecem variedade de acomodações, mas é preciso reservar com bastante antecedência. “No nosso caso foram três meses”, conta a gestora de produtos.

Reserve tempo para explorar as trilhas do Grand Canyon

Rodrigo caminhando na Rim Trail
Rio colorado no fundo do canyon
Vista do Grand Canyon
'Identificação da localização da nossa reserva no camping', compartilha Amanda
Museu de geologia
Mulas na South Kaibab Traill
Mirante da Rim Trail
Pôr do sol
Amanda preparando a comida na fogueira do camping
Informativo no início da trilha
Parada de ônibus circular, o serviço é grátis e leva aos principais pontos do parque
Início da trilha 'Rim Trail'
Borda do Grand canyon
Estacionamento próximo à entrada e o mercado ao fundo
Amanda e Rodrigo no Grand Canyon
O camping tem espaços separados, proporcionando maior privacidade

“O parque é enorme, e o tempo para conhecer as atrações depende do que você está disposto a conhecer”, diz Amanda, dos Pombos Viajantes. “Para conhecer a parte da sede do parque, que apresenta uma ótima infraestrutura de ruas asfaltadas, comércio, hotéis, museu e algumas das trilhas, cinco dias é o ideal. Nós fizemos em três dias, que seria o mínimo, mas foi bem corrido.

Ela continua: “Se a ideia for explorar locais mais remotos, bem afastados da sede, o céu é o limite. Você pode conhecer o parque a pé, de bicicleta, — pode alugar no local —, de ônibus gratuito ou até mesmo com veículo próprio.”

No Grand Canyon há diversas trilhas para se fazer — e algumas demoram dias para completar. “As principais são a South Kaibab Trail, a Rim Trail, a Hermit Trail e a Bright Angel Trail”, apontam o casal.

“Várias outras trilhas partem delas ou cruzam com elas. A trilha mais desafiadora é a South Kaibab Trail, que desce até o Rio Colorado, percorrendo quase 11 km de descida pela encosta do cânion. Nesse caso será necessário acampar na trilha, junto ao rio, pois o tempo médio de descida é de um dia e não é recomendado subir à noite”, alertam

É necessário estar preparado com barraca, comida e água para aguentar as baixas temperaturas do vale. O casal viajante destaca que também é possível alugar mulas para descer e subir a trilha. “Recomendamos muito fazer essa trilha, mesmo que não a faça por completo, que foi o nosso caso, pois é a trilha mais imersiva do parque.“

“Outra que fizemos foi a Rim Trail. Essa é bem tranquila porque dá para fazê-la de ônibus, a pé ou de bicicleta, por trilha pavimentada em alguns trechos. Nós optamos por subir de ônibus até o ponto final no Hermits Rest e descer a pé, beirando o cânion. É uma trilha mais contemplativa, tem mirantes com placas explicativas e indicação de formações geológicas mais distantes, como o Monument Creek Vista, Mohave Point, Pima Point entre outros”, comentam os Pombos Viajantes.

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Aventuras pelo Rio Colorado

Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz/Arquivo Pessoal

Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon

“No segundo dia [no parque] pegamos o carro cedo para ir até Page/AZ e fazer rafting no Rio Colorado. A parte aventureira de nossa viagem”, detalha a gestora de produtos Rafaella. “Descemos pela encosta do Glen Canyon Dam [represa do lago Powell], passando por dentro da estrutura e maquinário, [o que foi] surreal. Lá embaixo o pontinho amarelo indicava a saída do nosso bote.”

Ela continua: “Já com nossas roupas de banho embaixo de camiseta UV e nossos salva-vidas, descemos em direção sul e vimos debaixo para cima a grandiosidade dos muros rochosos dos dois lados de nosso bote, com suas nuances de cores marcadas pelo tempo, águas e ventos que vem moldando o cânion há milhares de anos.”

A gestora continua contanto que ela e seu grupo fizeram uma parada estratégica para ver petróglifos — representações gravadas pelo homem em pedras e rochas —, nadar e se refrescar no rio. “A água estava super fria, mas era uma delícia aquele choque com calor do sol escaldante”, pontua a viajante.

Ela acrescenta: “De volta ao bote pegamos uma corredeira nível leve, demos a volta na famosa curva em formato de ferradura Horseshoe Bend, mais corredeiras níveis médio até chegar ao ponto de desembarque em Lees Ferry. Após uma experiência para ficar para sempre na cabeça e coração, voltamos para o lodge no Grand Canyon e jantamos no Maswik Food Court com opção de buffet, à la carte e pizza.”

No terceiro dia Rafaela e os amigos se dedicaram totalmente ao Grand Canyon. “Existem trilhas passando pelas encostas, trilhas para descer até o fundo do vale de mula, podendo acampar por lá. Estes passeios você consegue contratar antecipadamente direto com o Centro de Visitantes e seus fornecedores. Não fizemos esses passeios, optamos por trilhas nas encostas com estrutura de deck para nos aproximar ainda mais dos desfiladeiros e com opções de lanches entre uma parte e outra.”

Trecho do Parque Nacional do Grand Canyon
Rafaella Ferraz/Arquivo Pessoal

Trecho do Parque Nacional do Grand Canyon

Rafaella conta ainda que fez a trilha completa do South Rim. “Caminhamos por toda a borda Sul do Grand Canyon, passando por todos os pontos de observação, e o museu de geologia. Visitamos o depósito que foi Grand Canyon Railway, Kolb Studio, Hopi House e Lookout Studio — construções que datam do início do século passado.”

“Nesse mesmo dia pela manhã, optamos por visitar uma comunidade de Americanos Nativos onde pudemos aprender um pouco sobre sua história e locais de vivência, sua arte única e peculiar, muito diferente dos nossos povos originários. Ver anciãos e crianças, suas vestimentas e brincadeiras, objetos de uso doméstico e instrumentos musicais [foi] uma experiência enriquecedora.”

A infraestrutura do Parque Nacional do Grand Canyon

Estacionamento próximo à entrada e o mercado ao fundo
Reprodução/Pombos Viajantes

Estacionamento próximo à entrada e o mercado ao fundo

“A infraestrutura do parque é impecável, tudo muito organizado e limpo. Em cada área de acampamento tem banheiros próximos, pias do lado de fora para lavar louças e lixeiras anti-urso”, diz Rodrigo, do Pombos Viajantes. “Esses banheiros são apenas para as necessidades fisiológicas. Para banhos há um outro lugar.”

“O que ficava mais próximo da nossa barraca era também uma lavanderia, com máquinas de lavar e secar que funcionam com moedas. Para tomar banho bastava ir colocando moedas de 25 centavos de dólar (equivalente a R$ 1,23 na cotação atual) no moedeiro que fica dentro do box”, explica o casal influenciador.

Para quem quiser se alimentar, sem precisar preparar nada, dentro do mercado do parque há uma lanchonete. Também existe a opção de restaurantes que ficam próximos aos hotéis, na Village. “Há também alguns telefones públicos. A internet não funciona muito bem, só nas áreas próximas aos hotéis. O parque conta com quatro linhas de ônibus gratuitos que levam para as principais atrações como trilhas, museu, centro de visitantes, hotéis e restaurantes”, destaca o casal.

Pôr-do-sol: uma experiência única

Pôr do sol no Grand Canyon
Reprodução/Pombos Viajantes

Pôr do sol no Grand Canyon

“Uma experiência incrível para quem vai acampar no Grand Canyon é assistir ao pôr-do-sol na borda do cânion”, sugerem os pombinhos. “A cor que fica no céu, como os últimos raios de sol incidem nas rochas e as sombras, transformam a paisagem em um momento mágico. É surreal.”

O casal complementa: “Acampar no Grand Canyon foi uma experiência única. O lugar tem uma beleza indescritível muito diferente do que estamos acostumados aqui no Brasil. A vida animal é ativa, os animais selvagens não se escondem e andam livremente pelo parque. Acordávamos com corvos gritando logo acima da nossa barraca, encontrávamos cervos andando pelas trilhas e no próprio acampamento. A vegetação é bem diferente e a paisagem exuberante.”

Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
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Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
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Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
Rafaella Ferraz em viagem pelo Grand Canyon
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