TECNOLOGIA
Steve Jobs queria lançar o primeiro iPhone sem entrada para chip
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O chip virtual (eSIM) foi uma solução popularizada pelo iPhone desde 2018. Mas você sabia que o cofundador da Apple, Steve Jobs, já queria eliminar a entrada para chip de operadora no primeiro iPhone, em 2007? É o que conta um dos responsáveis pelo iPod, Tony Fadell, em uma entrevista dada à jornalista Joanna Stern.
A história gira em torno do chip de operadora colocado na lateral do smartphone. Segundo Fadell, durante o desenvolvimento do primeiro iPhone, Jobs era contrário à ideia de ter um espaço para colocar o cartão SIM. O problema é que, naquela época, soluções como o eSIM ainda não existiam, limitando os seus sonhos.
Mas o cofundador levantou algumas referências para sustentar a sua ideia. O executivo lembrou da operadora Verizon, que utiliza a tecnologia CDMA e não depende de chips para funcionar. Para refrescar a memória, trata-se da solução adotada pela Claro e a Vivo quando ainda se chamavam ATL e Telefônica, respectivamente.
O problema é que a tecnologia não possui uma grande abrangência no mundo. No Brasil, depois que a Oi e a TIM chegaram ao mercado nacional com a tecnologia GSM, a Claro e Vivo abandonaram o CDMA nos anos 2000. O GSM também está amplamente difundido em outras regiões, como a União Europeia, já que o padrão foi feito pelo Instituto Europeu de Normas de Telecomunicações (ETSI, em inglês).
No fim das contas, o iPhone foi lançado com a tecnologia GSM. Depois, em 2011, a Apple chegou a lançar uma versão do iPhone 4 com suporte ao CDMA para atender os clientes da Verizon. Mais tarde, em 2018, o iPhone XR, XS e o XS Max foram lançados com suporte ao eSIM, que tem o potencial de substituir o chip físico no futuro.
Apple se prepara para lançar iPhone sem entrada de chip
O eSIM não é uma tecnologia criada pela Apple, mas que foi popularizada pelo iPhone. A solução deu as caras nos modelos de 2018, levando aos smartphones da marca uma função para lá de esperada: o Dual SIM. Mas, apesar de o uso principal ser voltado ao uso de duas linhas ao mesmo tempo, o recurso tende a decretar o fim do chip físico.
E essa pode ser uma das apostas da Apple para o futuro. Em dezembro, o MacRumors informou que a fabricante pediu para as operadoras americanas se prepararem para um iPhone sem entrada para chip. O prazo final da mudança seria em setembro de 2022, quando a empresa deve lançar a linha iPhone 14.
De um lado, isto é um ponto bom: as fabricantes podem ganhar mais espaço interno para implementar outros componentes. Do outro, esta mudança pode ser uma barreira em algumas regiões. E é justamente este um dos problemas que muitos brasileiros encontram, pois ativar o eSIM no Brasil pode dar bastante dor de cabeça.

TECNOLOGIA
Sentimos falta de uma internet que não existe mais


Em seus tempos de glória, o Orkut tinha cerca de 300 milhões de usuários no mundo todo. Lançada em janeiro de 2004 nos Estados Unidos, a rede social testemunhou uma invasão de brasileiros já nos meses seguintes. Quando ganhou sua versão em português, em maio de 2005, o Brasil já era responsável por mais de 60% dos perfis cadastrados na plataforma.
Pouco mais de dez anos após sua criação, em junho de 2014, o Orkut foi descontinuado, e o mundo seguiu em frente. Mas, para aqueles que aprenderam o que era a internet através de scraps, depoimentos e comunidades, a lembrança do Orkut jamais se apagou.
Então, quando ninguém esperava, o site do Orkut foi atualizado com um comunicado de seu criador, Orkut Büyükkökten . Nele, além de celebrar a memória da rede que levou seu próprio nome, ele compartilhava uma informação curiosa: a de que está “construindo algo novo”.
Uma onda de nostalgia pelo Orkut se iniciou. Vale a pena pensar um pouco sobre ela.
Nostalgia é mais do que apenas saudade
Na origem da palavra “nostalgia” está uma forte melancolia. É uma tristeza profunda causada pelo afastamento da terra natal. Quando estamos nostálgicos, portanto, não estamos apenas com saudade. O sentimento é mais profundo, e nasce de um incômodo pela distância daquilo que consideramos familiar.
Pesquisas no campo da psicologia tentam entender melhor como a nostalgia afeta os seres humanos. Alguns estudos sugerem que, apesar de estar muito ligada à tristeza, essa emoção costuma ter um efeito positivo. O processo nostálgico começa com a melancolia por algo familiar que não está mais presente, mas resulta em melhoras no humor, bem-estar e otimismo.
Em outras palavras, a nostalgia faz com que as pessoas se sintam bem. Não é à toa, portanto, que ela se tornou um ativo tão importante. Os maiores exemplos estão na cultura pop: uma multidão de revivals e reboots de obras clássicas, cuja razão de ser está puramente no sentimento nostálgico.
Voltando ao assunto do Orkut, os motivos de nossa nostalgia precisam ser questionados. Se o sentimento nasce de um anseio pela terra natal, podemos dizer que essa terra é apenas o Orkut?
Tempos em que a internet era jovem, e nós, jovens na internet
Uma hipótese mais provável é que o Orkut represente uma época. A ele, somam-se outras plataformas que marcaram um certo momento da internet. Conversar pelo MSN, acessar fotologs, ler e descobrir novos blogs; todas essas coisas fizeram parte da vida de milhões de pessoas, junto com o uso diário do Orkut.
Esse terreno familiar é um conjunto de ferramentas que consolidou, para muitos de nós, o que significava a internet. Entrar em contato com outras pessoas e perspectivas, descobrir os elementos que viriam a constituir gostos pessoais duradouros, tudo isso aliado à ausência dos algoritmos e discussões inflamadas que caracterizariam as redes sociais nos anos seguintes. A nostalgia nos convida a olhar para essa internet que tanto amamos — e que não existe mais.
No entanto, precisamos de cuidado para não cair na armadilha da idealização do passado. O Orkut tinha sua leva de comunidades problemáticas, algumas inclusive fazendo apologia ao crime. Muitas das discussões sobre moderação de conteúdo que reverberam atualmente se aplicavam a esse espaço tão amado. Por isso, se o Orkut voltar de alguma maneira, é importante saber desde já: ele não será como antes. Não é possível recriar o passado.
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