SAÚDE
Internações por covid-19 crescem em maio no estado de São Paulo
SAÚDE
As internações por covid-19 vem crescendo em todo o estado de São Paulo desde o início de maio. No primeiro dia do mês, a média móvel de internações diárias estava em 170 por dia e hoje está em 404. Em abril, a média era de 146 internações a cada dia, o menor número apresentado desde o início da pandemia de covid-19.
Desde fevereiro, o número vinha caindo de forma constante, mas, no mês de maio, inverteu-se a tendência de queda. O pico de internações foi na segunda onda da pandemia, em março do ano passado, quando a média era de 3.381 internações por dia, e o Brasil iniciava a vacinação contra a covid-19. Neste ano, o pico foi em janeiro, com média de 1.521 internações a cada dia.
O número de internações é um dos indicadores mais importantes para avaliar a pandemia porque reflete o momento atual. Com o crescimento das internações neste momento, a tendência é que o número de óbitos cresça nas próximas semanas.
Os casos também vêm aumentando no estado. Na 20ª Semana Epidemiológica, entre os dias 15 e 21 de maio, São Paulo computou 18.353 casos de covid-19, com média móvel de 2.622 registros por dia. Uma semana depois, entre os dias 22 e 28 de maio, o total quase dobrou, passando para 33.810, o que representou média de 4.830 casos por dia. O número de mortes, no entanto, manteve-se estável, com média de 39 notificações por dia.
Apesar do crescimento do número de casos e de internações nas últimas semanas e de apresentar alta média de vacinação, ainda há pelo menos 10 milhões de pessoas em todo o estado que não procuraram uma unidade de saúde para tomar a dose adicional de vacina contra covid-19. Isso é o que mostra balanço feito pela reportagem da Agência Brasil com base em dados disponibilizados pelo governo paulista.
Cerca de 42 milhões de pessoas que vivem no estado de São Paulo (o que, segundo o governo, representa cerca de 93% da população) tomaram ao menos uma dose de imunizante. Desse total, 39 milhões receberam também a segunda dose (87%) e 1,2 milhão, a dose única. No entanto, apenas 28 milhões de pessoas receberam a dose adicional: dado que soma as pessoas que já tomaram a primeira ou a segunda dose adicional de imunizante (terceira ou quarta doses).
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou que o estado tem cerca de 2,7 milhões de faltosos para a segunda dose, a maior parte deles (1,2 milhão), crianças e jovens entre 5 e 17 anos. Há também 10 milhões de pessoas elegíveis para tomar a dose adicional e 3,3 milhões aptas a receber a quarta aplicação de imunizante que ainda não procuraram uma unidade de saúde. A secretaria enfatiza a importância de completar o esquema vacinal para que a pessoa fique protegida de casos graves de covid-19.
Com o salto do número de casos, o governo de São Paulo iniciou nesta semana a aplicação da segunda dose adicional para adolescentes entre 12 e 17 anos. Até então, a aplicação da segunda dose adicional [ou quarta dose] estava restrita a idosos acima de 60 anos no estado. Apenas a cidade de Botucatu, no interior paulista, já iniciou a aplicação para a faixa entre 50 e 59 anos.
Ainda não há está definido se a vacinação adicional será estendida para pessoas entre 18 e 59 anos em todo o estado.
Edição: Nádia Franco
SAÚDE
Fiocruz: internações por gripe e vírus sincicial aumentam no país
O Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chama atenção para alta das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causadas principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A, o vírus da gripe. O boletim aponta ainda para queda dos casos de covid-19, com alguns estados em estabilidade.
Nas últimas quatro semanas, do total de casos de síndromes respiratórias, 54,9% foram por vírus sincicial e 20,8% por influenza A. Entre as mortes, os dois vírus são os mais presentes. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.
Desde o início de 2024, foram registrados 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave no país.
O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para a importância da vacinação contra a gripe, em andamento no país, como forma de evitar as formas graves da doença. “A vacina da gripe, como a vacina da covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode resultar numa internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, alerta, conforme publicação da Fiocruz.
De acordo com o levantamento, 20 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento de SRAG no longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Fonte: EBC SAÚDE
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