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Secretário de saúde presta esclarecimentos à ALMT sobre atraso em pagamentos e suspensão de serviços de saúde

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O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, prestou esclarecimentos à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta segunda-feira (13), a respeito do atraso no pagamento de empresas prestadoras de serviços de unidades vinculadas à Secretaria de Estado de Saúde (SES), que ocasionou a suspensão de parte dos atendimentos. O comparecimento à Casa de Leis atendeu à convocação feita pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e ocorreu durante reunião no Colégio de Líderes.

Entre as unidades que suspenderam parte dos atendimentos estão os Hospitais Regionais de Colíder, Sinop, Sorriso, Rondonópolis e Cáceres, além do Hospital Estadual Santa Casa. Presente na reunião, o vereador de Sorriso, Leandro Daminani (PSDB), reivindicou a retomada dos atendimentos pediátricos, de neurocirurgia, cirurgia vascular e de hemodiálise na UTI do Hospital Regional do município, que estão suspensos há cerca de 60 dias.

Gilberto Figueiredo afirmou que a Secretaria de Estado de Saúde encontrou inconsistências nos processos de pagamentos encaminhados por empresas prestadoras de serviços médicos e hospitalares e solicitou que fossem realizadas correções. Segundo ele, os documentos reencaminhados com as devidas correções já foram pagos ou estão em processo de pagamento.

“O Governo do Estado não possui programa de caixa para fazer os pagamentos. O problema é a burocracia”, assegurou.

O secretário explicou que as empresas contratadas devem apresentar um relatório de faturamento mensal detalhado sobre o objeto contratado e seus itens e o pagamento é efetuado somente após a nota fiscal/fatura ser devidamente atestada pela gerência responsável pela fiscalização do contrato, sendo retidos os valores correspondentes a serviços cujas execuções não estiverem em conformidade com o pactuado em contrato.

“Como nós aprimoramos os sistemas de controle tendo como base as recomendações de órgãos como a Controladoria Geral do Estado (CGE), o Tribunal de Contas (TCE) e a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS, estamos fazendo cobranças para que os objetos sejam cumpridos integralmente. Isso gera um desconforto administrativo e algumas empresas não concordam com o fato de aquilo que está estabelecido no contrato ser um exercício pedagógico de melhoria em todos os processos. Por isso, alguns fornecedores que não cumpriram essas cláusulas contratuais tiveram um certo lapso de recebimento, mas nós fizemos mais de 600 pagamentos nesses últimos dois meses e praticamente já estamos chegando à regularidade total com os pagamentos do mês de setembro de quase todas as empresas”, declarou.

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Além de eventuais questionamentos acerca das informações prestadas, o secretário apontou o atraso na apresentação do relatório de faturamento mensal por parte das empresas como um dos principais fatores que resultam na demora para efetivação do pagamento por parte do governo. Segundo ele, menos de 5% das empresas contratadas cumprem o prazo para apresentação do documento.

Novas contratações – Gilberto Figueiredo ponderou ainda que “alguns serviços acabam tendo um lapso de funcionamento” quando uma empresa interrompe o contrato e o governo precisa fazer uma nova contratação.

“A contratação de um novo prestador de serviço é feita de forma emergencial ou através de um pregão, que demanda tempo, mas nós estamos buscando solucionar todos os problemas existentes neste momento. Acabamos de fazer 11 licitações para mais de 20 serviços especializados em hospitais”, disse.

Concurso público – O deputado Lúdio Cabral criticou o modelo de gestão adotado pelo estado e defendeu a realização de concurso público na Saúde. Segundo o parlamentar, há atualmente 7.781 cargos vagos na Secretaria de Estado de Saúde.

“O estado adotar como regra contratação emergencial, pagamento indenizatório, por praticamente cinco anos não está correto e é nisso que está a raiz dos problemas identificados hoje no funcionamento dos hospitais. O prestador privado, contratado emergencialmente ou contratado de forma indenizatória, não tem um vínculo formal estabelecido por um determinado tempo com aquele serviço e os procedimentos para você avaliar o cumprimento das tarefas desse prestador são mais frágeis, então o estado precisa mudar esse modelo de gestão dos hospitais sob a sua responsabilidade para que a gente não vivencie um colapso de fato”, ressaltou.

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O secretário Gilberto Figueiredo informou que o governo já autorizou a realização de concurso público para preenchimento de 406 vagas de cadastro de reserva de diversas áreas. No entanto, na avaliação de Lúdio Cabral, a medida será insuficiente para atender a demanda.

“Infelizmente, é uma decisão política do governador do estado de seguir esse modelo de gestão na saúde. Eu sou absolutamente contrário a essa lógica, porque é esse modelo que gerou situações que levaram a operações policiais na saúde estadual. Se nós realizarmos concurso público e suprirmos as vagas com profissionais concursados, esse profissional, ao longo do tempo, assegura qualidade, continuidade e um custo muito menor para o atendimento à população, a exemplo do Hospital Júlio Müller, argumentou.

Especialidades – A deputada Janaina Riva (MDB) destacou a importância do diálogo com o governo para compreensão de eventuais gargalos que possam estar prejudicando a continuidade dos atendimentos.

“A nossa preocupação é somente o que está acontecendo com relação às especialidades. É só essa questão do atraso? É falta de fluxo de caixa das empresas ou existe também da nossa parte, como estado, essa questão da burocracia que está amarrando e faz com que as empresas considerem desinteressante assumir aqui essas especialidades? Acho que o principal objetivo é esse: tentar desvendar esse cenário, que é complexo”, pontuou.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

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Caminhada, neste domingo (10), pede fim da violência contra as mulheres

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Dez de dezembro é o Dia Internacional dos Direitos Humanos e o último da campanha nacional “21 Dias de Ativismo”, que começa em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. A data, o próximo domingo, foi escolhida pelo grupo Mulheres do Brasil para a “6ª Caminhada pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas”, para fechar com chave de ouro o período de movimento social. Em Cuiabá, será às 7h, no Parque Mãe Bonifácia e toda a população está convidada.

O grupo Mulheres do Brasil tem núcleos em 113 cidades no país, sendo todas as capitais, e outras 42 unidades no exterior, de brasileiras que se organizam pelo mesmo objetivo: garantir um mundo mais justo para mulheres e meninas.

Elas atuam em mais de 20 comitês temáticos diferentes e pauta ‘eliminação da violência contra a mulher’ se faz mais urgente. É esse comitê que convida para a caminhada no Parque Mãe Bonifácia, com programação de conscientização e artística. “Homens, mulheres, crianças e idosos são super bem-vindos para essa caminhada pacífica”, destaca Keite Agnes Custódio, uma das lideranças do núcleo Cuiabá.

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 “Precisamos jogar luz nesse tema e mobilizar a sociedade e as esferas de poder, para dizer que a luta é de todos, é um compromisso plural”, comentou Keite e complementou: “É importante que as mulheres saibam que não estão sozinhas e chamamos a sociedade para unir forças e exigir medidas efetivas no combate à violência”.

A concentração da caminhada será na praça central do Parque Mãe Bonifácia, a partida é no sentido a Patrulha Ambiental (espaço conhecido como Casarão), haverá algumas atividades na chegada, atração musical e dinâmica, seguidas de dispersão.

O evento é uma realização do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Cuiabá, tem apoio estrutural da Superintendência de Integração, Cidadania e Cultura da ALMT (Assembleia Social) e apoio da Ong Conecta 21 e da Ong Lírios.

A presidente de honra da Assembleia Social, Sônia Meira Botelho, esteve desde o início na organização da caminhada em Cuiabá. “Estamos sempre prontas em prol de iniciativas de fortalecimento das mulheres, principalmente por essa causa tão fundamental, que é garantir segurança e integridade para todas as mulheres. É inadmissível, ainda, uma sociedade em que as mulheres correm tanto risco. E vamos seguir atuando pelo fim dessa violência tão covarde”, comentou a primeira-dama da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

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Mulheres do Brasil

O grupo Mulheres do Brasil tem, atualmente, nos 155 núcleos no mundo todo, 121.500 mulheres. O núcleo Cuiabá mantém 44 mulheres, sendo três líderes: além da Keite Agnes, há a Isanne Cristine e a Mirlene Daltro. É formado por mulheres de vários setores e, na capital de Mato Grosso, atua em oito comitês: o combate à violência contra as mulheres; por igualdade racial; em defesa das pessoas LGBTQIAPN+; pela educação; com foco no empreendedorismo; com vistas em políticas públicas; na área da Comunica; e em prol das pessoas com 60 anos ou mais.

Mais informações, pelo telefone (65) 9 9989-5916.

SERVIÇO

6ª Caminhada pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas

Data: Domingo (10), às 7h

Local: Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá

Participação aberta ao público geral

Informações: (65) 9 9989-5916


Assembleia Social

Telefone: (65) 3313-6994


Fonte: ALMT – MT

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