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Audiência debate emendas parlamentares destinadas ás pessoas com TEA

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Com o objetivo de debater sobre a aplicação de emendas parlamentares a entidades que tratam de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou na tarde desta segunda-feira (13), audiência pública requerida pelo deputado Gilberto Cattani (PL), com a participação da presidente em exercício da ALMT, deputada Janaina Riva (MDB) e do deputado Gilmar Miranda (Cidadania). 

O encontro teve a presença dos deputados federais Abílio Brunini (PL) e Amália Barros (PL), representantes do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPEMT), médicos, associações, representantes da saúde do estado e da capital e da população em geral.

O deputado federal Abílio Brunini explicou que existem emendas impositivas para ajudar as causas dos autistas, por isso a audiência pública é necessária para saber de que forma auxiliar essas entidades.

“Queremos saber das entidades o que elas precisam. Muitas vezes, o próprio município não faz as ações necessárias, não tem um psicólogo, não tem médico neurologista, não tem uma fonoaudióloga, terapeuta ocupacional. Nós temos orçamento de nossas emendas parlamentares impositivas e os deputados estaduais também têm. A gente quer fazer o maior conjunto de emendas parlamentares para atender essas crianças, tanto no diagnóstico, como no tratamento”, explicou Brunini. 

Paola Fadul é médica neuropediatra, e explicou os principais sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Fadul destaca que o número da doença tem aumentado e o diagnóstico precoce pode dar uma melhor qualidade de vida à criança.

Foto: ANGELO VARELA / ALMT

“ Os principais sintomas do TEA é o atraso da fala, atitudes repetitivas, atraso motor e a criança é seletiva na alimentação.  Em Mato Grosso, mais de 10 mil crianças são diagnosticas com o transtorno e, no Brasil, são 6 milhões de crianças. Um aumento de 20 por cento em relação aos dados do ano passado”, disse a neuropediatra.

Representando a Associação das Diversidades Intelectuais do Transtorno Autista de Tangará da Serra, Rui Wolfart, disse que os cuidados com pessoas portadoras de TEA são um desafio para a sociedade, poder público e entidades em geral, tanto para a detecção, quanto para o diagnóstico da doença em todo estado. 

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“Treze por cento das nossas crianças são acometidas por transtornos e acabam sendo invisíveis, pois não recebem a devida atenção por parte dos poderes públicos, em face da incipiente legislação que as apoiam. Nós estamos tratando, cuidando de crianças de 1 ano e meio de idade até os 7 anos, para que elas possam ser inseridas no ensino fundamental regular, mas também de 8 aos 12 anos, já frequentando o ambiente escolar. Precisamos que haja recursos e emendas impositivas que nos auxiliem, por conta da limitação do atendimento e diagnóstico da doença”, explicou Rui.

O procurador de Justiça, titular da Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente do MPMT, Paulo Roberto Jorge do Prado, entregou aos deputados uma cartilha orientava para que a sociedade possa ter acesso e ficar alerta quanto à doença.

“A cartilha que entregamos aqui é para alertar quanto aos sintomas do TEA, o que fazer, como fazer, onde procurar, como se deve agir primeiro. Portanto, trata-se de um tema importante e orientativo, em defesa de direitos da criança e adolescente. Realmente é tratá-los como sujeito de direitos. Por isso, a importância que todos estejam presentes e o Ministério Público vem aqui para ser um aliado, um parceiro dessa causa”, enfatizou Paulo Prado.

A presidente da Associação de Mães, Pais e Amigos em Respeito aos Autistas (Ampara) de Campo Novo do Parecis, Raila Campos, trouxe as demandas da associação que atende hoje em média de 160 crianças autistas laudadas.

“Nós viemos aqui para trazer todas as nossas dificuldades, ideias e projetos. Hoje, não temos nenhum tipo de valor destinado a nós, de forma fixa. Tudo que a gente faz é por meio de trabalho de rifas e doações. Estamos buscando parcerias para o atendimento e diagnóstico de nossas crianças. Hoje, em média, uma criança com TEA custa em cerca de R$ 1.500 reais com atendimento em três profissionais”, afirmou Raila.

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A deputada federal Amália Barros destacou os projetos de lei aprovados na Câmara Federal em apoio às causas do TEA. “Tivemos importantes projetos aprovados, um deles eu tive a honra de ser relatora que é o laudo permanente para as pessoas com autismo, uma vez que essa situação é irreversível e mais dois projetos voltados à pessoas com deficiência. Sou a única deputada federal deste mandato com deficiência, por isso, tenho a responsabilidade de dar visibilidade e apoiar essa causa”, explicou Amália. 

Entre os encaminhamentos, o deputado federal Abílio Brunini, irá propor um projeto ao governo do estado, por meio do programa Ser Família, para que as mães ou cuidadoras de crianças autistas possam ter um rendimento mensal, por conta da impossibilidade de trabalhar.

O deputado Gilberto Cattani, ao final a audiência, destacou a importância da presença das entidades da Baixada Cuiabana e demais associações e institutos do interior do estado que foram ouvidos, além das propostas e encaminhamentos aos portadores do TEA.

“A intenção dessa audiência pública é aproximar as entidades que precisam de emendas parlamentares dos deputados e assim ver quais são as dificuldades dessas associações para que a emenda realmente faça o seu efeito, que é chegar a quem mais precisa. Ficou definido aqui, que iremos compor uma comissão técnica para ajudar as entidades a receberem os recursos, iremos propor projetos de lei e colocaremos à disposição dessas pessoas os gabinetes dos deputados que estiveram presentes nesse encontro para ajudar a receberem no que for necessário”, finalizou Cattani.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

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Caminhada, neste domingo (10), pede fim da violência contra as mulheres

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Dez de dezembro é o Dia Internacional dos Direitos Humanos e o último da campanha nacional “21 Dias de Ativismo”, que começa em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. A data, o próximo domingo, foi escolhida pelo grupo Mulheres do Brasil para a “6ª Caminhada pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas”, para fechar com chave de ouro o período de movimento social. Em Cuiabá, será às 7h, no Parque Mãe Bonifácia e toda a população está convidada.

O grupo Mulheres do Brasil tem núcleos em 113 cidades no país, sendo todas as capitais, e outras 42 unidades no exterior, de brasileiras que se organizam pelo mesmo objetivo: garantir um mundo mais justo para mulheres e meninas.

Elas atuam em mais de 20 comitês temáticos diferentes e pauta ‘eliminação da violência contra a mulher’ se faz mais urgente. É esse comitê que convida para a caminhada no Parque Mãe Bonifácia, com programação de conscientização e artística. “Homens, mulheres, crianças e idosos são super bem-vindos para essa caminhada pacífica”, destaca Keite Agnes Custódio, uma das lideranças do núcleo Cuiabá.

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 “Precisamos jogar luz nesse tema e mobilizar a sociedade e as esferas de poder, para dizer que a luta é de todos, é um compromisso plural”, comentou Keite e complementou: “É importante que as mulheres saibam que não estão sozinhas e chamamos a sociedade para unir forças e exigir medidas efetivas no combate à violência”.

A concentração da caminhada será na praça central do Parque Mãe Bonifácia, a partida é no sentido a Patrulha Ambiental (espaço conhecido como Casarão), haverá algumas atividades na chegada, atração musical e dinâmica, seguidas de dispersão.

O evento é uma realização do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Cuiabá, tem apoio estrutural da Superintendência de Integração, Cidadania e Cultura da ALMT (Assembleia Social) e apoio da Ong Conecta 21 e da Ong Lírios.

A presidente de honra da Assembleia Social, Sônia Meira Botelho, esteve desde o início na organização da caminhada em Cuiabá. “Estamos sempre prontas em prol de iniciativas de fortalecimento das mulheres, principalmente por essa causa tão fundamental, que é garantir segurança e integridade para todas as mulheres. É inadmissível, ainda, uma sociedade em que as mulheres correm tanto risco. E vamos seguir atuando pelo fim dessa violência tão covarde”, comentou a primeira-dama da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

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Mulheres do Brasil

O grupo Mulheres do Brasil tem, atualmente, nos 155 núcleos no mundo todo, 121.500 mulheres. O núcleo Cuiabá mantém 44 mulheres, sendo três líderes: além da Keite Agnes, há a Isanne Cristine e a Mirlene Daltro. É formado por mulheres de vários setores e, na capital de Mato Grosso, atua em oito comitês: o combate à violência contra as mulheres; por igualdade racial; em defesa das pessoas LGBTQIAPN+; pela educação; com foco no empreendedorismo; com vistas em políticas públicas; na área da Comunica; e em prol das pessoas com 60 anos ou mais.

Mais informações, pelo telefone (65) 9 9989-5916.

SERVIÇO

6ª Caminhada pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas

Data: Domingo (10), às 7h

Local: Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá

Participação aberta ao público geral

Informações: (65) 9 9989-5916


Assembleia Social

Telefone: (65) 3313-6994


Fonte: ALMT – MT

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