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Ucrânia: representante do Brasil na ONU pede cessar-fogo imediato
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Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU que discutiu as denúncias de um massacre, atribuído pela Ucrânia à Rússia, da população civil em Bucha , nos arredores de Kiev, o embaixador do Brasil na organização, Ronaldo Costa Filho, evitou fazer criticas a Moscou ou mencionar o nome do país, e defendeu um cessar-fogo imediato e medidas para proteger a população civil em áreas de conflito. O Brasil ocupa um assento não permanente no Conselho.
Costa Filho disse que os relatos de violência e as imagens de sofrimento em cidades como Bucha, Kharkiv e outras áreas são “extremamente preocupantes”, citando informações da Cruz Vermelha, e defendeu uma investigação independente de todas as denúncias, com a participação dos dois lados no conflito — Rússia e Ucrânia — e sem julgamentos prévios. Além disso, reiterou a posição brasileira de defender o diálogo ente os envolvidos, além do fim dos combates.
“Mais uma vez, renovamos nosso apelo por um amplo, efetivo e imediato cessar de hostilidades na Ucrânia. Apenas depois do silêncio das armas e da retirada das tropas será possível interromper o enorme custo humano provocado por esse conflito”, declarou, em sua intervenção.
Ao contrário dos oradores anteriores, representantes de países como EUA, Gabão e Irlanda, não houve uma condenação à Rússia ou às forças separatistas que agem no Leste ucraniano.
O diplomata brasileiro afirmou que o Conselho de Segurança tem a obrigação de defender a paz no mundo, mas, em sua avaliação, o órgão não está cumprindo seu papel para apoiar o diálogo entre os envolvidos.
“Nós lamentamos que o Conselho de Segurança não tenha sido capaz de falar como uma só voz nessta crise, promovendo o cumprmento da lei humanitária internacional, protegendo civis, pedindo a paz, esses são objetivos que deveriam nos unir, ao invés de nos dividir”, declarou Costa Filho.
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“Deveríamos lutar para criar as condições para, por um lado, reforçar as negociações políticas e, por outro, chegar a um acordo para evitar ou amenizar a crise humanitária na Ucrânia”.
Para o representante brasileiro, as causas do conflito, “quaisquer que sejam elas”, não devem afetar as obrigações que os países têm de respeitar os direitos das populações em áreas de conflito e dos prisioneiros de guerra.
“Objetivos geopolíticos não devem se sobrepor à busca pela paz nem tampouco prolongar o sofrimento daqueles atingidos pela guerra”, apontou Costa Filha.
Na parte final do discurso, o diplomata apontou para os efeitos econômicos do conflito e das sanções aplicadas à Rússia, mencionando os impactos no fornecimento de alimentos para o mundo, especialmente às nações em desenvolvimento, um cenário que, segundo ele, será agravado com o prolongamento do conflito.
Desde o início da guerra o Brasil tem evitado fazer críticas ao governo russo, mas tem votado contra Moscou no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral.
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EUA impõem novas sanções contra Irã após ataque a Israel
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (17) a imposição de novas sanções contra o Irã depois do ataque de drones sem precedentes deflagrado contra Israel no último fim de semana.
A informação foi divulgada pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
“Após o ataque sem precedentes do Irã a Israel, o presidente Joe Biden coordenou com os aliados e parceiros do G7 para impor novas sanções”, diz a nota.
Segundo Sullivan, as medidas visarão particularmente “o programa de mísseis e drones, entidades que apoiam o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica e o Ministério da Defesa iraniano”.
Além disso, os EUA “continuarão a trabalhar em todo o Departamento de Defesa e no Comando Central para fortalecer e expandir ainda mais a defesa aérea e antimísseis em todo o Oriente Médio” e não “hesitarão em tomar medidas, em coordenação com aliados e parceiros em todo o mundo, responsabilizar o governo iraniano pelas suas ações prejudiciais e desestabilizadoras”.
O anúncio é feito no dia em que o presidente de Israel, Isaac Herzog, reuniu-se com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Barbock, e do Reino Unido, David Cameron, que chegaram ao país para discutir a situação no território , e agradeceu “pelo apoio dado ao país em relação ao repreensível ataque do Irã”.
Na ocasião, o chanceler britânico pediu que o G7 impusesse “sanções coordenadas” contra o Irã após o ataque.
“É claro que os israelenses estão tomando a decisão de agir”, afirmou Cameron, acrescentando que o Reino Unido “espera que sejam tomadas medidas para garantir que a situação se agrave o menos possível”.
Por sua vez, Herzog enfatizou que “o mundo inteiro deve trabalhar com determinação e coragem contra a ameaça representada pelo regime iraniano que está tentando minar a estabilidade de toda a região”.
Ele disse ainda que “Israel é inequívoco no seu compromisso de defender o seu povo” e o “regresso imediato a casa de todos os reféns mantidos cativos pelo Hamas em Gaza continua a ser uma prioridade absoluta para nós e para a comunidade internacional”.
Após o ataque do último fim de semana, um funcionário do governo americano disse que a resposta de Israel a Teerã incluirá “um ataque limitado” ao território iraniano.
Mais cedo, inclusive, o Irã evacuou completamente algumas das suas bases na Síria, enquanto outras serão evacuadas apenas à noite, quando Teerã teme que seja mais provável que ocorra um ataque israelense, informou o Wall Street Journal, citando fontes locais.
De acordo com a publicação, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica adotou “medidas de emergência” para as suas instalações em toda a Síria. As fontes destacaram ainda que apenas alguns membros permaneceram para proteger os arsenais de armas, enquanto a maioria foi evacuado.
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Fonte: Internacional
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