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Iphan irá reconhecer quilombos como patrimônios culturais
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) irá reconhecer os territórios, elementos naturais, moradias e ritos tradicionais de quilombos como patrimônios culturais do país. O tombamento desses sítios ocorrerá após 35 anos de espera pelas comunidades quilombolas, já que é previsto na Constituição Federal, segundo a qual “ficam tombados todos os documentos e sítios detentores de reminiscências históricas de antigos quilombos”.
O instituto publicou portaria nesta segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, que traz os requisitos e regras para o reconhecimento desses locais.
Conforme a portaria, poderão passar pelo processo de tombamento: sítios com vestígios materiais de quilombos extintos ou documentos de memória e áreas ocupadas por comunidades quilombolas, que utilizam tradições ancestrais nas práticas atuais. De acordo com Iphan, a medida significará reconhecimento de nascentes de igarapé, ruínas de pedras no meio de matas e roçados de ervas medicinais.
Qualquer pessoa física ou empresa pode solicitar o tombamento, apresentando pedido a uma unidade do Iphan. Para o processo de tombamento ser iniciado, é preciso apresentar certidão de autodefinição das comunidades remanescentes de quilombos, documento emitido pela Fundação Cultural Palmares. Outros documentos são relatório de identificação e delimitação territorial emitido ou aprovado pelo Incra.
Atualmente, apenas o Quilombo do Ambrósio, em Minas Gerais, é tombado.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou que a iniciativa é um importante passo para a preservação da cultura quilombola no país. “Estamos construindo uma história nova com a participação da sociedade”, disse.
Antes da publicação, o texto da portaria passou por consulta pública por 45 dias, período em que foram coletadas 240 manifestações, sendo a maioria de quilombolas. A formulação da portaria contou com o apoio dos ministérios da Cultura, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e da Cidadania, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Fundação Cultural Palmares.
Para o presidente do Iphan, Leandro Grass, o tombamento dos quilombos poderá contribuir para o acesso das comunidades a educação e outras políticas públicas. “Esse é um elo da cidadania, elo da reparação histórica tão necessária em um país como o nosso”, afirmou.
Além da portaria, foi criado, em setembro, o Comitê Permanente para Preservação do Patrimônio Cultural de Matriz Africana (Copmaf), com objetivo de aprimorar diretrizes e processos para preservação da cultura africana.
“O Iphan se compromete a endereçar formalmente a responsabilidade de retirar o componente cultural de matriz africana das notas de rodapé dos livros de história, da redução a contribuição culturais e exóticas na culinária e na música, e alça-lo à centralidade de debates”, ressaltou a coordenadora da comitê, Bruna Ferreira.
Fonte: EBC GERAL

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COP28: Marina diz que países ricos devem liderar abandono do petróleo


Na manhã deste sábado (9), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu que os países em desenvolvimento assumam a liderança de um processo para deixar de lado o uso do petróleo e de outros combustíveis fósseis. A fala da ministra se deu na plenária da COP28, que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Na ocasião, Marina também afirmou que o sucesso da COP30, prevista para ocorrer me Belém (PA), em 2025, depende dos resultados da conferência atual.
“Se por um lado é clara a necessidade de que todos os países coloquem o pé no acelerador das energias renováveis, por outro, precisamos fazer inadiável e simultâneo esforço de países produtores e consumidores para tirar o pé do acelerador das energias fósseis. O esforço é de todos, mas os países desenvolvidos devem liderar este processo de desaceleração”, afirmou.
No discurso, a líder da pasta do Meio Ambiente reforçou o posicionamento do governo brasileiro, que defende que os países ricos sejam os primeiros a cortar a produção e consumo de petróleo.
Como já foi dito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outras ocasiões, o posicionamento defende que as nações mais ricas devem tomar o primeiro passo por serem, historicamente, as que mais emitiram gases do efeito estufa e por deterem mais recursos e tecnologias que peritem uma transição mais rápida para fontes de energia limpa.
Hoje, a ministra também defendeu a criação de um órgão específico para se responsabilizar por esse processo de transição.
“Penso ser fundamental criar na esfera da UNFCCC, instância de discussão e negociação para tratar desse tema com a requerida urgência. As respostas que levam em conta as diferenças e circunstâncias nacionais e as alternativas de desenvolvimento social e econômico, principalmente para os mais fragilizados”, acrescentou.
Na ocasião, Marina ainda falou sobre a COP que o Brasil irá receber em dois anos.
“Em 2025, o Brasil receberá a COP30, na cidade de Belém. O sucesso desse encontro dependerá de conseguirmos aqui na COP28 aprovar um Balanço Geral alinhado com 1,5ºC em todas as suas dimensões: nas ações pré-2030, nas recomendações para as futuras NDCs, no compromisso dos novos financiamentos e meios de implementação e em um Objetivo Global de Adaptação condizente com os riscos reais, sobretudo para as populações mais vulneráveis”, afirmou.
Fonte: Nacional
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